domingo, 30 de novembro de 2008

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Grávidas vegetarianas


O funcionamento de um ser humano é todo modificado com a gravidez. Além de alimentar o seu próprio corpo, tem que nutrir um novo ser que está por vir e por isso o consumo calórico aumenta consideravelmente.

Tem que se tomar todos os cuidados necessários ao prosseguir com uma dieta vegetariana na gravidez, principalmente os relacionados às carências nutricionais, entre eles a carência protéica. A Dra. Leila P. Rizzo, ginecologista, explica que “o organismo da mulher deve seguir e reforçar a alimentação a que ele está habituado e que, na falta da proteína animal em sua dieta, a gestante deve se informar como obter o melhor índice de proteína vegetal para suprir esta deficiência.”

Uma dieta bem balanceada e com o acompanhamento nutricional pode-se suprir todas as carências protéicas de uma dieta vegetariana de uma grávida.

Uma dieta vegetariana potencializa a digestão dos alimentos; os rins, por conseqüência, sofrem menos, pois as proteínas animais liberam toxinas que impedem o bom funcionamento deles. A grávida vegan deve fazer suplementação de vitamina B12, já que não consome nenhum alimento de origem animal e procurar aumentar a absorção do ferro (não heme, de origem vegetal) através de alimentos que otimizem essa absorção, como a vitamina C. Sabe-se que a carência de vitamina B12 acarreta, para o feto, aumento do risco de deficiência no tubo neural durante o primeiro trimestre.


O artigo abaixo trata justamente das possíveis carências que uma grávida pode ter, e como fazer para evitá-las:

Vitamina D- sua carência na gravidez está associada ao cálcio, entretanto, com banhos de sol diários não é necessário a suplementação de vitamina D, além de não haver uma necessidade significativa de aumentar o consumo dessa vitamina na gestação.

Cálcio- consumo diário de 1000mg. É usado para a formação óssea do bebê, por isso é de extrema importância ingestão de cálcio durante a gestação.

Ferro- entre o segundo e terceiro trimestre aumenta significativamente a necessidade de consumo do ferro. A grávida vegetariana deve procurar ingerir ferro constantemente associado à vitamina C, por exemplo, que intensifica a absorção desse mineral.

Proteína- em uma mulher grávida é necessária a ingestão de 71g/dia (46g/dia é a média de uma mulher não-grávida). Deve-se procurar variar o cardápio para que não falte nenhum aminoácido essencial na dieta da pessoa.

--> ARTIGO:






Fontes:
Postado por Thaise

Artigo: Fisiopatologia da deficiência de vitamina B12 e seu diagnóstico laboratorial

Encontrei um artigo sobre a vitamina B12 e mais do que isso, sobre a deficiência dessa vitamina. É importante ressaltar essa deficiência pois se não for tratada a tempo pode levar a problemas cardiovasculares, neurológicos e hematológicos.


''A deficiência de vitamina B12 leva a transtornos hematológicos, neurológicos e cardiovasculares, principalmente, por interferir no metabolismo da homocisteína (Hcy) e nas reações de metilação do organismo. Muitas vezes a deficiência pode permanecer assintomática por longos períodos, desencadeando uma deficiência crônica que, se mantida, pode levar a manifestações neurológicas irreversíveis.''


A deficiência da vitamina B12 está relacionada com o metabolismo da homocisteína, levando a um quadro de hiper-homocisteinemia, que é um fator de risco cardiovascular e de danos no sistema nervoso.

A cianocobalamina é cofator de duas enzimas importantes do metabolismo humano, a metionina sintase e a L-metilmalonil-coA mutase, que estão envolvidas na bioquímica da homocisteína. Sua deficiência, portanto, inibe a ação destas enzimas, levando a um aumento de homocisteína.







Para ler o artigo completo, acesse o endereço:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000500007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt


Postado por Bruna.

Where do you get your protein?



Como já foi falado no post da Camila sobre 'Limitações nutricionais', as proteínas são macronutrientes importantíssimos na composição do nosso organismo, haja vista que elas fazem parte de muitos componentes estruturais das células, funcionam como enzimas, compõem membranas celulares, dentre outros.


Em resposta ao cartoon, seguem alimentos proteícos da dieta vegetariana:

Feijão (21/100g);
Lentilha;
Ervilha;
Grão de bico;
Soja (34/100g) e derivados, como o tofu;
Amendoim;
Castanha de caju e castanha do Pará;
Sementes de linhaça e de girassol;
Glúten;
Cogumelos;
Pão Integral;
Amêndoas;
Avelã;
Arroz;
Milho;
Trigo;
Nozes;
...





Referências:

http://www.zaeli.com.br/site2008/nutricao_02.asp

http://www.maeterra.com.br/novo/educacao-detalhes.php?secao=03b&codigo=17

Postado por Bruna.






Atletas Vegetarianos

Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, existem muitos atletas vegetarianos. É verdade que podem ocorrer algumas deficiências, como de proteínas (já que as proteínas vegetais não possuem todos os aminoáciods essenciais, como dito anteriormente no blog), vitaminas, cálcio, ferro, porém basta esta dieta ser bem planejada, preferencialmente por um especialista, e bem equilibrada, que ela pode ser muito bem aplicada aos atletas.
O consumo indicado de proteínas por atletas vegetarianos é maior do que para onívoros: cerca de 1,3 a 1,8 g/kg de peso corporal, segundo a Americ Dietetic Association.
Um outro composto muito importante para os atletas seria a creatina, que forncece a energia necessária aos músculos. A creatina é sintetizada principalmente no fígado, além dos rins e do pâncreas, a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. A sua atuação se baseia na refosforilação de ADP, mantendo a concentração de ATP o mais constante possível durante a prática dos exercícios.
A creatina está presente em grandes quantidades em alimentos de origem animal, dessa forma, os atletas vegetarianos apresentam menores concentrações de creatina em seus músculos, quando comparados a indivíduos onívoros. Ao fazer uma suplementação com creatina, os vegetarianos apresentam uma melhor resposta, devido ao aumento do composto no organismo. E após a suplementação, os níveis encontram igualados aos de onívoros que também fazem suplementação.
Não encontram-se diferenças significativas nos desempenhos entre atletas onívoros e vegetarianos: não são encontradas diferenças nem na capacidade aeróbica nem de força entre eles, segundo vários estudos.
Alguns exemplos de atletas vegetarianos:

"Carl Lewis é considerado um dos atletas mais rápidos do mundo. Em 1991, bateu o recorde dos 100 metros com um tempo de 9,86 segundos. É o maior medalhista olímpico de todos os tempos. Carl Lewis é vegano."


"Dave Scott, da Universidade da Califórnia Davis, é um triatleta reconhecido como o melhor do mundo. Ele venceu o lendário Triatlon Ironman no Hawaii 4 vezes, inclusive durante 3 anos seguidos, e ninguém mais conseguiu vencer mais que uma vez. O evento consiste em provas seguidas de natação por 2,4 milhas no oceano, corrida de bicicleta por 112 milhas e, por último, uma maratona de 26,2 milhas. Dave diz que a idéia de que as pessoas, e especialmente os atletas, precisam de proteína animal, é uma "falácia ridícula". Há muitas pessoas que consideram Dave Scott o homem com o melhor preparo físico de todos os tempos. Dave Scott é vegano."


Mais alguns exemplos no site abaixo:

O artigo "Dietas vegetarianas e desempenho esportivo" fala um pouco dos benefícios de uma dieta vegetariana e prevenção de doenças, além das necessidades nutricionais dos atletas vegetarianos e de alguns compostos que podem interferir em seu desempenhos - como uma baixa ingestão energética, resultando em perda de massa muscular, carência de nutrientes, creatina, diminuição dos níveis de hormônios, ocasionando uma dificuldade em hipertrofia.
Muito interessante, confira:


Abaixo encontra-se um artigo de uma nutricionista, falando um pouco mais sobre o atleta vegetariano:
Referências:
Artigos
Postado por Camila.

domingo, 23 de novembro de 2008

Vegetarianismo e a prevenção da osteoporose

O que é osteoporose?

É uma doença que esta associada com o envelhecimento e a perda de nutrientes que o organismo sofre. É umas das doenças mais freqüentes, principalmente nas mulheres quando atinge a menopausa.

Caracteriza-se pela grande eliminação de cálcio pela urina ou pela presença de pouco cálcio circulante e como consequencia, tem-se a desestruturação e a diminuição da quantidade de osso, deixandao-o fragil, podendo ocorrer fraturas após traumas mínimos.

A massa óssea começa a declinar em pessoas que ultrapassam os 50 anos e a maior preocupação dessa doença é a parti do momento que começam a haver fraturas, entre elas a principal é a do fêmur.

Muitas pessoas pensam que somente a falta do cálcio é o verdadeiro culpado para que ocorra a osteoporose, entretanto este é um pensamento errôneo. Fósforo, magnésio, manganês, zinco, cobre, boro, silício,flúor, vitaminas A, C, D, B6, B12, K, ácido fólico, ácidos graxos essenciais e proteínas são nutrientes essenciais para a construção óssea e a deficiência em qualquer um deles prejudicaria a formação óssea.

O excesso de proteínas da carne e dos laticínios,que contém um alto índice de gordura, apresenta alto risco de osteoporose porque torna o sangue muito ácido. O cálcio, então, precisa ser extraído dos ossos para restaurar o equilíbrio correto. Como o cálcio do sangue é usado por todas as células do corpo para manter sua integridade, o organismo sacrifica o cálcio dos ossos para manter a homeostase.

Em 1988, a American Dietetic Association já tinha dado o seu veredicto: “...Uma considerável gama de dados científicos sugere uma relação positiva entre o estilo de vida vegetariano e a redução do risco de diversas doenças crónico-degenerativas, como a obesidade, a doença coronária, a hipertensão arterial, a diabetes e o cancro do cólon, entre outras. ... Os vegetarianos também apresentam taxas reduzidas de osteoporose, cancro de pulmão e da mama, cálculos renais e biliares e doença diverticular.”


Pesquias comprovam que "o consumo de proteínas afeta as necessidades diárias de cálcio. O seu consumo elevado acelera a eliminação do cálcio. Nesse caso, o consumo de aminoácidos sulfídricos deve ser o factor determinante, pois são mais amplamente encontrados nas proteínas animais do que nas vegetais. As pesquisas têm mostrado que o consumo excessivo de proteínas impede o corpo de reter cálcio"


É por esses motivos que uma dieta vegetariana, restrita em gorduras saturadas e por não possuir o consumo de proteínas de origem animal, acabam por preservar o organismo da osteoporose.



Artigo sobre: (em inglês)



Fontes:







Postado por Thaise

Risotto Vegetariano

Obs: Tomate concassé = tomate sem pele e sem semente
Cortado em brunoise = cortado em cubos que não passam 0,5 cm

Um vídeo muito interessante saiu no "Jornal Hoje" , na quarta-feira, 19/11/2008, sobre a escolha do arroz e como se faz um risotto vegetariano, vale a pena conferir:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM913647-7823-APRENDA+A+FAZER+UM+RISOTO+VEGETARIANO,00.html


Postado por Thaise

Anemia megaloblástica x Anemia ferropriva

A alimentação vegetariana, como foi dito no meu post anterior, por ser restritiva (restrição da carne vermelha e branca) pode levar à deficiências nutricionais e essas deficiências podem causar certas doenças.

Lembrando que o quadro de deficiência é um quadro raro pois é possível adquirir nutrientes necessários atráves de uma dieta balanceada, seja ela vegetariana ou onívora. Existem alguns quadros que exigem uma maior atenção, como a deficiência da vitamina B12, mas mesmo assim, a doença ocasionada por essa deficiência é raríssima.

Isto quer dizer que tanto gestantes, lactantes, crianças podem sim seguir uma dieta vegetariana, inclusive vegana, desde que a alimentação seja balanceada. Em certos casos a suplementação será necessária.



Anemia megaloblástica: Causada pela deficiência da vitamina B12.
Trata-se de uma doença na qual as hemácias do indivíduo portador adquire um tamanho exageradamente grande, de forma que a hemoglobina fica diluída. Assim, o transporte de oxigênio no organismo é comprometido.





A figura acima mostra núcleos hipersegmentados de leucócitos, caracaterístico da anemia megaloblástica.




Anemia ferropriva: Causada pela deficiência de ferro.
A anemia por deficiência de ferro pode ser de duas maneiras: anemia ferropriva e anemia não ferropriva. A primeira é ocasionada pela insuficiência na ingestão do ferro. A segunda ocorre por deficiência no transporte ou na absorção do ferro no organismo. É a anemia ferropriva que pode ser ocasionada pela dieta vegetariana se o indivíduo não mativer uma alimentação equilibrada.
Nesse distúrbio a deficiência de ferro faz com que a hemoglobina fique em uma concentração diminuída e isso ocasiona dano no transporte de oxigênio no corpo.







Bibliografia:
http://www.fisiologia.kit.net/bioquimica/mm/mm.htm
Aulas de Nutrição Humana 1
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/1069/body/02.htm
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/esp_imagepages/1214.htm
http://vegetarianismo.blogs.sapo.pt/arquivo/141809.html http://www.lifespan.org/adam/spanishhealthillustratedencyclopedia/6/1455.html
http://alimentacaonainfancia.blogspot.com/2008/03/anemia-ferropriva.html

Postado por Bruna.

sábado, 22 de novembro de 2008

Artigos - benefícios e doenças prevenidas com uma dieta vegetariana

Segundo vários estudos, inclusive da American Dietetic Association and Dietitians of Canada, a dieta vegetariana é indicada para qualquer pessoa, em qualquer estágio da vida, seja na infância, adolescência, amamentação ou idade adulta.

Essa dieta, rica em carboidratos, fibras, antioxidantes (como vitaminas E, C e betacaroteno), além de reduzido consumo de ácidos graxos saturados, proporciona uma série de benefícios à saúde.

Como há um menor consumo de proteínas e uma maior ingestão de fibras, presentes em frutas, verduras, legumes e cereais, o IMC (Índice de Massa Corporal) entre os vegetarianos, costuma ser menor que de onívoros. Além disso, uma refeição rica em fibras, demora mais tempo para ser digerida e possui um volume maior que uma refeição com poucas fibras, sendo menos calórica e aumentando a sensação de saciedade. Contribuindo, assim, para prevenção e combate da obesidade.

Outros benefícios das fibras, são a diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo - ao atuar reduzindo a absorção do colesterol - e também reduzir o aumento de glicose no sangue após refeições - retardando o esvaziamento gástrico e a absorção intestinal de glicose - ajudando no controle da glicemia e insulina em pessoas com diabetes.

Um maior consumo de carboidratos também é benéfico, já que são as maiores fontes de glicose no metabolismo. Uma baixa ingestão de carboidratos, leva à hipoglicemia, compensada pela degradação de proteínas (gliconeogênese a partir de aminoácidos). Os carboidratos, então, funcionam como poupadores de proteína no organismo.

A presença de antioxidantes em alimentos como frutas, cereais e vegetais, ajudam a reduzir os radicais livres e o estresse oxidativo.Estes podem atuar modificando respostas imunes, ciclo celular, e, assim, os antioxidantes entram em ação evitando danos ao organismo. Dessa forma, os antioxidantes previnem doenças como câncer.




No artigo abaixo (escrito em inglês, mas de fácil entendimento), há alguns dos efeitos que uma dieta vegetariana causa à saúde. Enfatiza alguns dos nutrientes que podem estar carentes no vegetariano, principalmente no vegan - vitamina B12, ômega-3 e ferro - além de algumas doenças prevenidas com essa prática alimentar - câncer de mama, próstata e reto, hipertensão, obesidade, colesterol.

Confira: "Health effects of vegetarian and vegan diets"

(PS: Gente, esse artigo pode apresentar um probleminha para acessar. Mas se vcs colocarem o titulo dele no google, é o primeiro que aparece, ok?)


Já o artigo abaixo explica um pouco do mecanismo dos antioxidantes no organismo. Seguem alguns trechos:

"A vitamina E atua em nível celular, inibindo a proliferação de células musculares lisas das artérias, a agregação plaquetária, a adesão de monócitos à parede do endotélio, a captação de LDL oxidada e a produção de citocinas."
"Atualmente a vitamina C também é muito estudada no tratamento do câncer. Acredita-se que estimule o sistema imune, iniba a formação de nitrosaminas e bloqueie a ativação metabólica de carcinógenos."
"(...) Além da captação de radicais livres, estudos em cultura de células demonstram que a vitamina C pode alterar a expressão de genes envolvidos na resposta inflamatória, apoptose e diferenciação celular."

"As concentrações plasmáticas de carotenóides são bons indicadores do consumo de frutas e hortaliças; evidências epidemiológicas associam altos níveis plasmáticos de beta-caroteno e outros carotenóides com risco diminuído de câncer e doenças cardiovasculares. "

Confira:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000200036&lng=e&nrm=iso&tlng=e

Referências:

http://minhavida.uol.com.br/materias/alimentacao/Entenda+o+efeito+antioxidante+das+dietas.mv

Artigos.

Bioquímica Básica - Anima Marzzoco, Bayardo B. Torres. -3. ed. Guanabara Koogan - cap. 18

Figura:

Postado por Camila.

Deficiência de minerais no vegetarianismo

Por ser uma dieta restritiva, a alimentação vegetariana pode causar algumas deficiências nutricionais, entre elas a deficiência de eletrólitos/minerais.
OBS: Este post é complementar à postagem da Camila sobre 'Limitações Nutricionais'


FERRO:

Como foi falado pela Thaise em um post anterior, o ferro heme e o ferro não heme se diferenciam no que diz respeito à biodisponibilidade, isto é, à absorção no organismo. O ferro de origem animal é mais facilmente absorvido. Se na dieta vegetariana, mais especificadamente a dieta vegana, não houver um equilíbrio da ingestão desse micronutriente, pode ocasionar uma deficiência.


O ferro é absorvido na primeira porção do intestino delgado - o duodeno - que possui pH básico. É no duodeno que o ferro se associa a uma proteína, a apoferritina, e assim ele pode ser transportado. Quando ele se liga à essa proteína, ele forma a ferritina, que é a forma na qual o ferro é armazenado no organismo.

A maior parte do ferro é destinada para a formação da hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína que compõe as hemácias e , portanto, é responsável pelo transporte de oxigênio no organismo. O ferro ainda é armazenado em alguns tecidos e ainda participa na composição de algumas enzimas, como os citocromos. O ferro, então, é importante no processo de produção de energia, já que está presente em enzimas que participam do processo de produção de energia.








CÁLCIO:

O cálcio é um macromineral, ou seja, ele é necessário em grandes quantidades no nosso organismo. Este eletrólito é importantíssimo para a manutenção do corpo humano. É crucial na liberação de neurotransmissores, na passagem da informação de um neurônio (célula nervosa) para outro; é componente de ossos e dentes e, portanto, está amplamente espalhado pelo corpo. O cálcio ainda participa do processo de contração muscular.



Em excesso o cálcio pode provocar cálculos renais; quando esse excesso de cálcio ocorre, o hormônio calcitonina atua, diminuindo a reabsorção do eletrólito nos ossos. Porém, sua deficiência também pode afetar fortemente o organismo do indivíduo. Como foi dito anteriormente, o cálcio participa de processos essencias à vida, como a condução de estímulos nervosos.

A glândula paratireóide mantém os níveis de cálcio sanguíneo. Os hormônios desta glândula, os paratormônios, atuam aumentando a absorção desse mineral no intestino, promovendo sua reabsorção pelos rins e mobilizando o cálcio ósseo, de forma antagônica à calcitonina

O cálcio não é produzido pelo organismo. Sua fonte é a dieta; porém, quando a ingestão de cálcio não atende as demandas fisiológicas este é retirado dos ossos.









ZINCO:

O zinco é um micromineral que atua na estabilização de proteínas ligadas ao DNA. Além disso, é um grande protetor do sistema de defesa do organismo já que atua no funcionamento adequado de linfócitos. Atua, ainda, na atividade neuronal e na memória.





A deficiência do zinco se deve a dietas restritivas, como a dieta vegana. Algumas das manifestações de sua deficiência são: dermatite, hipogonadismo e retardo no crescimento, dificuldades de cicatrização, entre outros.

O zinco participa de reações de construção e quebra de macromoléculas (carboidratos, lipídeos e proteínas) e de ácidos nucléicos (DNA e RNA).









Referências Bibliográficas:

Aulas de Nutrição Humana 1

http://drcarlosaugusto.vilabol.uol.com.br/mine.html

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/10/06/saude-geriatria/calcitonina/

http://www.emedix.com.br/vit/vit012_1f_zinco.php

http://www.fisiologia.kit.net/bioquimica/mm/mm.htm

Fonte das imagens:

http://www.fisiologia.kit.net/bioquimica/mm/mm.htm

http://ediel-araujo.blogspot.com/2008_02_26_archive.html
http://www.scielo.br/img/revistas/rn/v16n3/a11fig01.gif

http://www.svb.org.br/folhetos/folhetos.htm

Postado por Bruna.

Artigo sobre o ferro

Como já postado, o ferro ingerido pelos vegetarianos restritos é o de origem vegetal, chamado de Ferro não-HEME.
A principal diferença entre o ferro heme para o ferro não-heme é sua absorção no organismo. A absorção do ferro heme pode chegar a 25%, ele é absorvido na mucosa do intestino e é muito pouco afetada por outros alimentos e secreções gastrointestinais. O ferro não-heme, antes de ser absorvido, precisa, primeiramente, sofrer uma ionização e depende de outros componentes para potencializar ou inibir essa absorção, por exemplo: a vitamina C ajuda na absorção enquanto o fitato prejudica. O ferro não-heme é absorvido apenas em 5%, muito menor do que o ferro de origem animal.
Entretanto, mesmo a absorção do ferro não-heme sendo menor, o corpo elimina muito pouco ferro além de ter a capacidade de armazenar o excesso de ferro consumido, fazendo com que sua carência seja muito difícil.



Fontes de ferro não -heme:



Se você quer saber mais sobre o ferro, suas difereças, sua absorção, carência e que essa deficiência pode causar leia o artigo abaixo:
Postado por Thaise

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Não come carne? Então come o quê?"

Muitas pessoas pensam que o consumo de carne é essencial para se manter saudável, 'forte' e bem nutrido. Assim, muitos vegetarianos passam por situações de questionamento quanto à escolha de seguir essa dieta. O texto abaixo, numa linguagem descontraída, mostra a visão de uma vegetariana e muitos dos mitos, estereótipos ou preconceitos enfrentados por eles. Confira:


“Não come carne? Então come o quê?”

Que atire a primeira pedra o vegetariano que nunca ouviu essa pergunta ou uma bem parecida. Apesar do esforço para mostrar que a vida sem carne no prato é perfeitamente normal, a verdade é que nossos dias não são nada comuns. O fato de excluirmos animais do cardápio gera uma bateria de reações que enfrentamos a toda hora, em quase todo lugar. Não é simplesmente ser vegetariano e viver feliz para sempre, quietinho no seu canto. O dia-a-dia revela-se repleto de situações recheadas de perguntas, críticas e até ofensas.
Mesmo os acontecimentos mais banais acabam se tornando, vamos dizer assim, especiais quando um vegetariano entra em cena. Saber lidar com tudo isso é primordial para a sobrevivência em um mundo nada pró vegetarianismo. O bom humor e a diplomacia são os grandes aliados do quotidiano, transformando cada um desses momentos em oportunidades para esclarecer, desmistificar e reafirmar valores.

O “ser vegetariano”

O vegetariano é quase um extraterrestre, alguém completamente fora de contexto. O fato de não comer carne é algo altamente incompreensível para a maior parte da humanidade. Prova disso é a crença de que ninguém É vegetariano, mas ESTÁ vegetariano. De algum modo, as pessoas concluem que vegetarianismo é um modismo, como “dieta da lua” ou de “south beach”.
É por isso que sempre tem alguém perguntando “E aí, continua sem comer carne?” ou “E aí? Ainda tá praticando aquela dieta?”. A conseqüência óbvia é continuarem oferecendo o que sabem que não comemos: “Vai um pedacinho de churrasco? Só um pedacinho!”. Sem falar na imagem zen que os “comedores de folhas” passam. Quer coisa mais natureza do que alguém que só come planta? Ainda existe quem veja os vegetarianos como seres abstêmios, cuja vida se resume a ficar recitando mantras e tomando chá verde após a saladinha de cada dia, recolhendo-se quando o sol se põe.
O mais interessante é a classificação dos alimentos em dois grandes grupos: de um lado, todo o reino animal, de outro, a alface. A bendita alface! Muitos parecem crer piamente que os vegetarianos são uma espécie de seita, “Os Adoradores do Pé de Alface” ou algo do gênero. E daí, claro, deduzem que a comemos no café da manhã, no almoço e no jantar, sem falar nos pratos especiais elaborados à base da sagrada folha: suco de alface, bolo de alface, pastel de alface...
Como tirando a carne do cardápio não sobra nada para comer, querem logo saber, “Mas o que você come, afinal?”. Bem, nos dias em que a conjunção astral colabora, é possível dispor de toda a paciência para explicar que no mundo, além de animais, existem frutas, cereais, legumes... Mas, como às vezes é bom ser espirituoso, dá para sair com uma resposta tão básica quanto a pergunta: “Vivo de luz!”. Afinal, com tanto mato no cardápio, provavelmente já desenvolvemos a capacidade de realizar fotossíntese.

Mitos, estereótipos e cia

Quando acreditamos finalmente ter encontrado alguém que compreende o significado do termo vegetariano, o sujeito arremata: “Mas carne branca come, né?!”. E lá vem exemplo de primo distante que é vegetariano e come frango, sem falar dos famosos que dão receita de moqueca de peixe na TV, prestando um serviço de desinformação sem igual ao se declararem vegetarianos.
E por falar em peixe, para piorar a situação, ainda tem a velha lenda dos “frutos do mar”. Quem teve a infeliz idéia de criar a expressão devia mesmo nutrir um apreço especial por vegetarianos. Se já é difícil explicar que frango é animal, portanto, é carne também, mais complicado é convencer as pessoas de que peixe não é vegetal, assim como camarão e ostras não dão em árvore.
Muito comuns são os comentários a respeito da alimentação vegetariana, sempre tão gentis. Como ainda impera a crença de que nos alimentamos de folhas, ante a descoberta de que comemos quase as mesmas coisas que as pessoas “normais”, é natural a reação de espanto, acompanhada da certeza de que se trata de comida natureba ou insossa. Situações que ocorrem com certa freqüência, como no caixa do supermercado, quando um funcionário passa uma lata de salsicha vegetal com indisfarçável cara de nojo “Vai comer isso??? Credo!!!”.
Outra abordagem típica é a forma física do vegetariano. Ou melhor, a falta de forma. Afinal, muita gente ainda acredita que vegetarianismo e raquitismo são companheiros inseparáveis. Se existe algum vegetariano que nunca foi perseguido por perguntas sobre sua saúde, é espécie em extinção. A idéia de fraqueza associada a uma alimentação sem carne apenas é reforçada pela descoberta de que, além do bifinho, alguns vegetarianos não consomem ovos, leite e seus derivados. Aí a coisa se intensifica: são quase inevitáveis as reações de espanto e incredulidade, aliadas, muitas vezes, à certeza de que o vegetariano em questão não bate bem da bola.
Curioso o poder que o vegetarianismo tem de mudar conceitos. Funciona como um daqueles espelhos que distorcem a imagem refletida. É muito comum que antes de saberem que não comemos carne as pessoas nos vejam normalmente, mas, depois da revelação bombástica, “Bem que eu desconfiei! Você anda tão magrinho!”. Por outro lado, pode acontecer de, contrariando os mitos catastróficos, a descoberta causar um impacto ligeiramente diferente: “É vegetariano? Mas nem parece!”. E nessa eterna batalha por credibilidade, os vegetarianos tornam-se reféns do imaginário popular, e se vêem praticamente obrigados a ter uma saúde perfeita. Sim, porque vegetarianos NÃO podem ficar doentes. Ai daquele que ouse, pois, se já estavam começando a aceitar seu modo de vida, basta um ventinho mais frio para algo tão inocente e natural quanto um espirro transformar-se em vilão, abalando a frágil atmosfera de paz: “Viu só? Eu te avisei! A gente não pode ser radical!”.

Por Sabryna Tosta





Texto (com modificações) copiado do site abaixo:

http://www.svbpoa.org/index.php?Itemid=31&id=53&option=com_content&task=view


Fonte: http://www.svbpoa.org/


Postado por Camila.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

E o colesterol?

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o colesterol não é apenas um composto que faz mal à saúde - apenas o excesso dele é que pode acarretar certos prejuízos ao organismo.

O colesterol é um lipídio da família dos esteróides. Ele é fundamental para o organismo, já que participa da composição de membranas celulares, aumentando a sua rigidez e influenciando a sua permeabilidade, além de participar como precursor da biossíntese de hormônios esteróides, ácidos biliares e vitamina D.

Ele encontra-se presente apenas em alimentos de origem animal. Ovo, lacto ou ovo-lacto-vegetarianos não possuem problemas quanto à ingestão de colesterol, já que este composto encontra-se presente tanto no leite, quanto no ovo. Mas e os vegans e o não-consumo de nenhum alimento de origem animal?

Cerca de 70% do colesterol é sintetizado em nosso organismo, principalmente pelo fígado ( colesterol endógeno ). Esta síntese é regulada, ou seja, quanto maior é a ingestão de colesterol pela dieta, menor é a produção e vice-versa.

Os óleos vegetais, como o de soja, por exemplo, são óleos com ácidos graxos mono ou poliinsaturados, não possuindo colesterol. Todavia, seu aquecimento gera uma perda das insaturações, diminuindo as concentrações de ácidos graxos essenciais, ácido linolênico(ômega-3) e linoléico (ômega-6), aumentando, assim, a quantidade de saturações na cadeia carbônica, gerando ácidos graxos saturados.

Dessa forma, respondendo à pergunta acima, o corpo consegue sintetizar o colesterol a partir de ácidos graxos saturados e, consequentemente, acetil-CoA.


Em relação à sintese, vale a pena conferir o blog de colesterol!
http://painel-colesterol.blogspot.com/2008/11/metabolismo-do-colesterol.html



Outro aspesto que deve se considerar, é que em dietas vegetarianas, os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue diminuem consideravelmente, evitando várias doenças cardiovasculares, como aterosclerose ou acidentes vasculares. Isto se deve, além do fato da não ingestão de carnes, ao elevado teor de fibras na dieta, as quais contribuem para a diminuição da absorção do colesterol no intestino.

Em alimentos de origem vegetal, como frutas, cereais, óleos vegetais e legumes, há a presença de fitosteróis, que também participam da constituição das membranas celulares, porém de plantas. Esses fitosteróis também atuam inibindo a absorção do colesterol no intestino, já que há uma competição na absorção entre o colesterol e o fitosterol - outro fator benéfico da dieta vegetariana.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Mais vegetarianos famosos

Esse post é complementar à postagem da Thaise feita há alguns dias.

É um vídeo do site http://www.ativeg.org/, um site vegetariano que contém muitas fotos, notícias, entrevistas, vídeos sobre o vegetarianismo. Vale a pena visitar!

O vídeo abaixo é uma campanha pró-vegetarianismo que traz frases de famosos vegetarianos.


Postado por Bruna.

Artigo Científico: Dieta vegetariana e níveis de colesterol e triglicérides


Como no blog ainda não foi postado nada sobre a relação da dieta vegetariana com a ingestão de lipídeos, eu sugiro que vocês leiam o artigo. O texto é muito interessante; é em português e ainda é curto.


O objetivo do estudo é a comparação dos níveis de triglicérides, de colesterol total e de lipoproteínas de baixa e de alta densidade em indivíduos onívoros (não vegetarianos) e vegetarianos. Para isso, houve a participação de 76 indivíduos, sendo que a maioria deles era vegetariana. Os vegetarianos foram divididos em três grupos: lactovegetarianos, ovolactovegetarianos e vegans (vegetarianos puros).
Concluiu-se que no grupo dos onívoros os níveis de coleterol total, de lipoproteína de baixa densidade e de triglicérides eram relativamente maiores do que nos grupos vegetarianos, sendo que, de acordo com a restrição da dieta vegetariana esse níveis decaíam, ou seja, os vegans apresentaram os menores índices. Em relação ao nível de lipoproteína de alta densidade, aquela responsável por transportar o colesterol dos tecidos para o fígado, não houve diferenças significativas entre os indivíduos onívoros e vegetarianos.




Seguem alguns trechos do artigo:
''Da mesma forma, outros estudos concluíram que indivíduos com dieta vegetariana têm menores níveis de lipídios sangüíneos, principalmente LDL e triglicérides, em relação aos que comem carne.''


''A literatura indica que a dieta vegetariana parece ter papel protetor vascular.''


''(...) os vegetarianos restritos apresentaram taxas significantemente menores que os onívoros, no que se refere a CT, LDL e TG, e proporção HDL/CT significantemente maior''





Artigo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000100006&lng=en&nrm=iso&tlng=pt





Postado por Bruna.



terça-feira, 18 de novembro de 2008

PROTEINA VEGETAL x PROTEINA ANIMAL

A questão protéica é uma das grandes dúvidas de vegetarianos e de pessoas que querem aderir à dieta vegetariana e, assim, fica à tona a grande questão: uma dieta com restrição total de alimentos de origem animal teria proteínas suficientes para suprir nossa carência?

De acordo com American Dietetc Association e a Organização Mundial da Saúde, em uma dieta balanceada, a ingestão de proteína deve representar cerca de 15% do total da dieta diária de uma pessoa.
O organismo do ser humano utiliza as proteínas na formação de hormônios, enzimas e anticorpos, portanto, a sua carência leva a uma deficiência em diversas vias metabólicas do corpo.

É muito difícil um indivíduo desenvolver uma deficiência protéica, mas esta pode acontecer ingerindo uma quantidade insuficiente de alimentos, tanto de origem animal quanto de origem vegetal, ou ingerindo quantidades de açúcar e álcool muito altos, pois ambos são grandes fontes de calorias, pobre em nutrientes e não contem proteína em suas composições.

Para indivíduos onívoros e ovo-lacto-vegetarianos a deficiência se torna ainda mais difícil, pois a proteína animal possui grande quantidade dos aminoácidos essenciais para o nosso organismo. Entretanto o vegetariano restrito de qualquer alimento animal, vegan, pode conseguir todo suprimento protéico necessário a partir de uma dieta vegetariana. Lembrando que a soja é o alimento vegetal que possui todos os aminoácidos essenciais ao nosso organismo.

A dieta vegetariana possui um menor conteúdo protéico do que uma dieta baseada em carne, entretanto isso não é uma desvantagem. Estudos comprovam que o consumo excessivo de proteínas pode ocasionar cálculos renais, osteoporose, e um aumento do colesterol, pois a proteína animal é rica em gorduras. Portanto, uma dieta rica em legumes, grãos, frutas e vegetais tem proteínas suficientes para uma dieta saudável.

"As grandes vantagens da proteína vegetal são a ausência de gordura e a presença de fibras", ressalta a nutricionista Márcia Terra, consultora da empresa de nutrição Nutri-Insight, em São Paulo. "As proteínas vegetais são boas fontes de ômega-3 e ômega-6, gorduras benéficas", acrescenta o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky, que também é um dos diretores da Associação Brasileira de Nutrologia. "Nem por isso deve-se desprezar a proteína animal, que também sacia e é mais completa. O ideal, então, é consumir as duas juntas."
Veja as principais diferenças entre a proteína vegetal e animal:




Boas fontes de proteína vegetal são:





Fontes:




Texto complementar ao da Camila.

Postado por Thaise

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Vegetarianismo e yoga

O yoga é uma fisolofia, uma cultura milenar que se originou na Índia Antiga há cerca de 5000 anos. A palavra yoga significa atrelar, unir, juntar. Portanto, a yoga promove a união do ser individual com o Ser Supremo, através da integração do corpo do indivíduo e de sua mente. O yoga age no indivíduo fazendo com que ele relacione seu corpo e suas emoções. Dessa forma, o indivíduo é induzido a um profundo relaxamento, tranquilidade mental, concentração, clareza de pensamento e percepção interior. Ou seja, o yoga é um processo que gera o despertar, o descobrimento e a transformação no ser humano. Além do fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade proporcionados, o yoga ainda faz com que o indivíduo, através da integração corpo-mente, aja de acordo com seus pensamentos e sentimentos diante da vida.

O vegetarianismo é adotado pela maioria dos praticantes de yoga. O yogi adota o vegetarianismo como fruto de um processo de compreensão da vida, em um processo individual. Ou seja, o yogi não adota o vegetarianismo porque ele acha bonito ou porque alguém mandou, é um processo que relaciona o indivíduo com sua visão de mundo.

Alguns motivos que levam a essa adoção são: a saúde, o progresso espiritual e a ética ambiental, além do dharma. O post da Camila sobre 'razões para se tornar vegetariano' explica bem os motivos saúde e ética ambiental. O yogi leva em consideração o fato de que a dieta vegetariana está relacionada com a prevenção de doenças e, portanto, ele adere à essa prática visando maior qualidade de vida. Em relação à ética ambiental, o yogi acredita que, ingerindo carne, ele está participando, mesmo que indiretamente, de um ato de crueldade contra a natureza. Dharma significa 'aquilo que mantém unido', ou seja, é o laço que integra o corpo e a mente ao universo. Dharma é aquilo que proporciona a coesão e a harmonia do mundo. Portanto, o ato de violência contra os animais é atingir a harmonia universal. Para manter o universo coeso e harmônico, adota-se a dieta vegetariana. O motivo do progresso espiritual está relacionado com a consciência de cada indivíduo. Por exemplo, no Tibet, os budistas não são vegetarianos. Isto se deve a motivos tanto geográficos e também porque Buda prefiriu não colocar restrições aos seus monges.

A dieta vegetariana é tida como uma dieta que mantém harmonia com o dharma porque, considera-se que, quando você estende sua mão para o alimento e este foge é porque não é para ser comido. O reino vegetal parece entregar o alimento de uma forma que não se observe muito sofrimento, segundo Pedro Kupfer.





O processo de transição para o vegetarianismo é um processo delicado. Há aqueles que aderem à dieta vegetariana de repente, enquanto outros precisam ir modificando a sua dieta gradualmente. Ainda hoje os vegetarianos sofrem com a não aceitação das outras pessoas. Por ser uma dieta restritiva, existe o preconceito. Portanto, é uma decisão que requer cautela.

Porém, existe um paradoxo dentro desse contexto. Nem todos os yogi são vegetarianos. E o fato de não ser vegetariano não torna a pessoa mais ou menos elevada espiritualmente. Isto é, o vegetarianismo não é algo crucial para o progresso espiritual, mesmo porque o progesso espiritual é fruto do amadurecimento de cada um, como indivíduo. ''Adotarmos ou não o vegetarianismo é uma questão de ética, sensibilidade, desapego e preparo'', diz Pedro Kupfer.



"Ser vegetariano é viver uma vida de paz, saúde e longevidade."
Sócrates, filósofo grego





Referências bibliográficas:
http://www.yoga.pro.br
http://www.yogasite.com.br/yogasite/yoga.htm

Imagens:
http://www.modaeconsultoria.com.br/eventos/477
http://umoutropontodevista.blogspot.com/




Postado pro Bruna.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Humor

O vídeo 'Os humanos são naturalmente carnívoros?' mostra de forma humorada que os seres humanos não possuem características carnívoras e, portanto, nosso organismo não é adaptado ao consumo de carne. Ele mostra que nós, seres humanos, por razões adaptativas/evolutivas e fisiológicas não somos naturalmente carnívoros, ou seja, o homem não foi feito pra comer carne. O narrador do vídeo (um porco) compara a carne ao cigarro, mostrando que ambos são costumes da sociedade. Segundo o narrador, a carne é um hábito que está em nosso cotidiano desde muito tempo, mas qualquer um pode se tornar vegetariano.

Não deixem de assistir!




Fonte do vídeo: http://br.youtube.com/watch?v=rNrZKDpE3LE

Postado por Bruna.

Biodisponibilidade de minerais em refeições vegetarianas e onívoras servidas em restaurante universitário

Neste artigo, coordenado, inclusive, por um de nossos professores de Bioquímica (a professora Egle Machado de Almeida Siqueira), foi analisada a biodisponibilidade de cálcio, ferro e zinco nas dietas vegetarianas e onívoras, servidas no Restaurante Universitário da Universidade de Brasília. A seguir, encontram-se partes resumidas do artigo:




Introdução

Um crescente número de evidências científicas tem indicado que as dietas vegetarianas oferecem vantagens significativas em relação às dietas onívoras, principalmente, devido ao reduzido teor de gorduras saturadas, de colesterol, de proteína animal, além de apresentarem maior conteúdo em fibras, carboidratos complexos e antioxidantes, que exercem impacto positivo na prevenção e no controle de doenças crônicas não transmissíveis.

Dietas vegetarianas contém grandes quantidades de fibras, fitato e oxalato, compostos capazes de quelar minerais, reduzindo a absorção destes no intestino.

O ácido fítico (AF), abundante, principalmente, nos cereais integrais, no feijão e na soja, possui efeito quelante sobre íons mono e bivalentes, formando complexos insolúveis, que resultam na redução da biodisponibilidade de minerais e de proteínas da dieta, o que lhe conferiu o status de antinutriente. O fitato no organismo apresenta efeitos diversos, podendo ser benéfico ou prejudicial à saúde, dependendo, principalmente, da concentração dos outros nutrientes na dieta do indivíduo.

O objetivo deste estudo foi avaliar a biodisponibilidade dos minerais (cálcio, ferro e zinco) nas refeições onívora e vegetariana, servidas no Restaurante Universitário da Universidade de Brasília (RU), tendo como parâmetro as razões molares entre esses minerais e o fitato.

Métodos

Amostras de pratos (refeições onívoras e vegetarianas), servidas no almoço, foram coletadas durante cinco dias consecutivos, no RU, em triplicata, totalizando 30 refeições (15 onívoras e 15 vegetarianas).

Para a biodisponibilidade do Ca, Fe e Zn, foi utilizada a razão molar ácido fítico versus elemento (AF: Ca; AF: Fe e AF: Zn), para avaliar a biodisponibilidade desses minerais nas refeições, tendo como critério o valor crítico, descrito na literatura para essas razões.

Resultados

A refeição vegetariana apresentou densidade energética e concentrações de AF, Ca e Fe maiores que a refeição onívora, enquanto que a refeição onívora forneceu maior concentração de Zn em relação à vegetariana.

http://www.scielo.br/img/revistas/rn/v20n3/01f1.gif


Discussão

Neste estudo, apesar da maior concentração de fitato na refeição vegetariana, a razão molar AF: Ca desse grupo não foi diferente da do grupo onívoro, devido, principalmente, à presença de queijo e soja, fontes de Ca na refeição vegetariana. Considerando que ambas as razões molares AF:Ca, encontradas nas duas refeições, apresentaram valores bem inferiores ao valor crítico, as refeições onívoras e vegetarianas servidas no RU não devem apresentar risco de comprometimento da biodisponibilidade do Ca devido à presença do ácido fítico.

O ferro presente nos alimentos de origem vegetal (ferro inorgânico) é menos biodisponível que o ferro hêmico, encontrado nos alimentos de origem animal, o que sugeriria um possível comprometimento do estado nutricional em ferro nos indivíduos vegetarianos.

Resultados sugerem uma alta biodisponibilidade para o Fe em ambas as refeições. Contudo, considerando que na refeição vegetariana o Fe inorgânico seja a forma predominante e que na refeição onívora seja o ferro hêmico, espera-se que a biodisponibilidade do Fe na refeição vegetariana seja menor que na onívora.

Resultados sugerem que a refeição onívora apresenta maior biodisponibilidade de zinco em relação à vegetariana.

Considerando que as refeições foram coletadas no horário de almoço, e que devam representar cerca de 30% das recomendações diárias de nutrientes para os indivíduos, o risco de deficiência de zinco não deve ser descartado na dieta dos universitários que se alimentam diariamente de uma ou outra refeição no RU da Universidade de Brasília, sendo este risco maior para homens vegetarianos e menor para as mulheres onívoras.

Conclusão

Devido ao teor de Ca e Fe nas refeições onívora e vegetariana analisadas, a presença de fitato parece não representar risco de deficiência desses minerais para indivíduos que se alimentam diariamente no Restaurante Universitário da Universidade de Brasília. Entretanto, o baixo teor de Zn, em ambas as refeições, almoço e jantar, juntamente com a presença do fitato, proveniente principalmente do feijão e da soja, podem representar um risco de deficiência de Zn, principalmente para homens vegetarianos.

Dada a presença constante do feijão na dieta nacional, o monitoramento dos teores de fitato e de minerais dietéticos deve ser estimulado, em busca do adequado balanço entre eles, visando a garantir o fornecimento adequado de minerais e otimizar os efeitos benéficos do fitato como hipoglicemiante, anticancerígeno e antioxidante e, portanto, a prevenção de doenças crônicas, como câncer, diabetes, acidentes cardiovasculares e doenças associadas ao estresse oxidativo.





O artigo contém tabelas e gráficos, os quais ajudam muito a entender.

Vale a pena conferir na íntegra:






Postado por Camila.


Reportagem:





Esta é uma reportagem do 'Jornal de Notícias', um jornal português famoso, publicada no dia 9 de fevereiro deste ano.
A reportagem fala essencialmente de mitos sobre o vegetarianismo. Também explica o que é o vegetarianismo e como este está se disseminando em Portugal.
Além disso, traz um entrevista com Cristina Rodrigues, a diretora do site http://www.centrovegetariano.org/, um site português bem conhecido no universo vegetariano.
Obs: Para ver as imagens em tamanho ampliado é só clicar nelas.


Como a imagem não está com uma boa resolução, a reportagem segue transcrita abaixo:

8 mitos sobre o vegetarianismo
CLÁUDIA LUÍS

Saiba quantos portugueses não comem carne, onde encontrar respostas para as suas dúvidas, conheça lojas especializadas e restaurantes com ementas especiais e descubra se sempre é verdade o que se diz sobre vegetarianos.

Há 30 mil vegetarianos em Portugal. Esta foi uma das conclusões de um estudo realizado pela Nielsen, no final do ano passado, para o Centro Vegetariano, um site português dedicado a esta temática. O tempo em que ser vegetariano era visto como atitude excêntrica já lá vai. Há mais informação, mais restaurantes, mais alternativas nos restaurantes tradicionais, mais lojas, mais produtos, mais acessibilidade.

Reacções como "veg.. quê?" ou "ah... então, come fiambre" são cada vez mais localizadas. Contudo, ainda hoje persistem frases feitas, preconceitos e outros mitos sem fundamento sobre esta dieta alimentar. Com o apoio da nutricionista Florbela Mendes, a "Viva+" seleccionou as dúvidas mais frequentes sobre o vegetarianismo para esclarecer, de uma vez por todas, o que é verdade e o que é mentira. Mas, afinal, o que é ser vegetariano? Aquele que não come carne nem peixe e se alimenta, essencialmente, de vegetais, sementes e frutas é vegetariano.

Há vários tipos de vegetarianismo. Os ovo-lacto-vegetarianos não comem carne nem peixe, mas comem alimentos de origem animal, como ovos, leite, manteiga, queijo ou mel. Estima-se que estes estejam em maioria em Portugal, no que ao universo deste tipo de alimentação diz respeito. Existem também os ovo-vegetarianos e os lacto-vegetarianos, consoante retirem da sua dieta os ovos ou o leite.

Mais radicais são os veganos ou vegans que excluem da sua dieta todos os produtos de origem animal, mas também do seu guarda-roupa (vestuário e acessórios de pele animal), da sua higiene pessoal, doméstica ou cosmética (produtos testados em animais) e da sua agenda (espectáculos como circos tradicionais, idas ao jardim zoológico). Ainda assim, a dieta frutívora ou frugóvora é considerada como uma das mais extremas. Esta é a opção de quem se recusa a comer alimentos que tenham implicado a morte da planta. Os frutívoros não comem cenouras ou batatas, por exemplo, mas comem frutos e, tal como os veganos, não usam produtos que resultem do sofrimento dos animais.

O universo vegetariano é vasto. E é precisamente por isso que se torna importante não lançar autênticos mitos sobre aquilo que não se conhece.

1. Vegetarianos só comem saladas

Quem julga que tornar-se vegetariano é "eliminar" a carne e o peixe da alimentação, de facto, não irá retirar muito prazer ao comer. Mas ser vegetariano é, isso sim, "introduzir" novos alimentos e sabores na dieta. A variedade de ingredientes vegetarianos permite fazer deliciosas iguarias, das mais simples às mais sofisticadas, incluindo churrascos, feijoadas, francesinhas e assados. Basta usar a imaginação e saber onde estão os nutrientes.

2. Vegetarianos não têm uma dieta equilibrada

"É mentira: as proteínas estão espalhadas por todos os alimentos, como os cereais e as leguminosas". Lentilhas, feijão e soja são exemplos de boas fontes de proteínas. A nutricionista Florbela Mendes explica que uma dieta vegetariana variada é uma dieta equilibrada e estranha que, pelo contrário, ninguém se preocupe com o excesso de consumo de proteínas dos omnívoros.

3. As crianças têm de comer carne

"As crianças podem perfeitamente ter uma alimentação vegetariana e um crescimento saudável em simultâneo, mas cabe aos pais estar devidamente informados", diz Florbela Mendes. Se os adultos já têm a sua estrutura formada, as crianças estão em desenvolvimento, logo, necessitam de "maior quantidade de alguns nutrientes".

4. Uma grávida não pode ser vegetariana

"Pode", garante a nutricionista, desde que tenha uma alimentação variada e equilibrada. "E até pode ser vegan", acrescenta. No caso dos vegans, que excluem qualquer produto de origem animal (carne, peixe, ovos, lacticínios), então é preciso vigiar melhor as fontes de "cálcio e vitamina B12".

5. Ser vegetariano sai caro

Experimente subtrair tudo o que gastou em carne e peixe na conta do supermercado e, em vez disso, comprar legumes mais variados - verá que compensa. Além disso, hoje quase todas as lojas, de mercearias a hipermercados, têm produtos mais procurados por vegetarianos e os preços de alimentos como seitan e tofu já não são os mesmos dos praticados quando tudo isto ainda era uma novidade. 'Preços gourmet' há em todos os regimes alimentares e não apenas no vegetarianismo.

6. Não há restaurantes abertos à noite

Há duas características que têm definido os restaurantes vegetarianos. A decoração simples de um serviço self- -service e o horário apenas disponível para almoços. O cenário real já não é este: basta uma pesquisa na Internet para ver a grande quantidade de restaurantes com pratos vegetarianos abertos à noite e com decoração cuidada.

7. Vegetarianos são todos activistas

Nem são todos activistas pelos direitos dos animais e pelo Ambiente, nem são todos de Esquerda. Muitos decidem tornar-se vegetarianos por motivos de saúde e há até quem tenha motivos de ordem económica. A dieta vegetariana, rica em legumes, cereais e frutas, é conhecida pelos seus benefícios para o organismo.

8. Vegetarianos não engordam

Ninguém impede os vegetarianos de abusar de fritos ou açúcares, duas formas muito eficazes para o aumento de peso. "Se não for equilibrada, uma dieta vegetariana pode ser tão ou mais calórica do que uma dieta que inclua carne", afirma Florbela Mendes.

Referências:

http://jn.sapo.pt/vivamais/interior.aspx?content_id=922396

http://www.centrovegetariano.org/Cat-122-Not%25EDcias%2B2008.html

Postado por Bruna.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Razões para ser vegetariano

A escolha de ser vegetariano implica uma série de razões, como discutido anteriormente, bem no início do nosso blog. Assim, serão discutidas a seguir algumas dessas razões:

Saúde

Muitos estudos mostram que adotar uma alimentação vegetariana pode prevenir o aparecimento de uma série de doenças, assegurando uma vida mais saudável. Esses estudos têm provado que câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre alguns outros, podem ser prevenidos com uma dieta vegetariana, onde
obtem-se mais fibras, vitaminas, água, anti-oxidantes, menos gorgura saturada e colesterol, além de menos sal e calorias.

O motivo de produtos de origem animal serem prejudiciais à saúde, pode ser por conta da adição de hormônios, pesticidas e antibióticos, os quais ficam no organismo desses animais e, consequentemente, são transferidos para o organismo das pessoas que os consomem.

Ética

Os vegetarianos defendem o direito à vida e o direito de não sofrimento dos animais. Eles defendem que, como está cientificamente provado que todos os animais possuem sistema nervoso organizado, possuem tal qual os humanos a capacidade de sentir alegria, dor, medo, enfim, diversas sensações. Por esse motivo, seria um ato desumano e anti-ético abater animais para consumo.

Muitos decidem tornar-se vegetarianos devido à vontade de eliminar todos os tipos de exploração e experiências sobre animais, pregando o respeito a eles. Evitar todos os tipos de produtos que estejam de alguma forma vinculados ao sofrimento de animais, é um ato meio impossível, porém há alguns vegetarianos mais radicais que tentam praticá-lo. Os vegetarianos acreditam que ao rejeitar os produtos primários, pelos quais os animais são mortos e explorados, retira-se também o apoio à indústria pecuária, diminuindo, assim, o sofrimento.

Além disso, também desumano e anti-ético seria o cuidado com esses animais , os quais passam sua curta vida confinados em espaços muito pequenos, mal podendo se movimentar; transportados até os matadouros empilhados uns sobre os outros, sem condições de higiene, durante várias horas, sem água e comida; mortos de formas cruéis, estando muitas vezes, ainda conscientes.

Há também aqueles que se tornam vegetarianos por opções espirituais ou religiosas. Em certas religiões o vegetarianismo é um elemento básico para que o indivíduo se torne mais apto e mais encorajado a amar Deus e todas as suas criaturas. Os Hindus e os Jainistas são exemplos de correntes religiosas que defendem o vegetarianismo. Muitos Adventistas do Sétimo Dia, como citado anteriormente no blog, e Budistas também são vegetarianos.

Ambiental

Segundo os vegetarianos, muitos problemas ambientais poderiam ser resolvidos com a prática do vegetarianismo e principalmente o veganismo.

O aumento do consumo de carne levou, nos últimos anos, à degradação e destruição de habitats naturais para a produção animal, como por exemplo, da amazônia, com mais de 20 milhões de hectares destruídos para a criação de animais desde 1970. Isto implicaria numa diminuição da biodiversidade, além do desmatamento de diversas florestas.

Com o desmatamento, os terrenos são facilmente expostos à erosão, com o risco de se perderem. Além disso, novos habitats naturais são destruídos para continuar a produção de carne, quando um solo já não serve mais para o pastoreio.

A criação de gado implica a utilização de mais de 2/3 de terra agrícola e 1/3 de área total da terra. Segundo dados da Vegan Society, em 1900 apenas 10% dos cereais cultivados a nível mundial eram destinados ao consumo animal; já em 1950, eram cerca de 20% e no final da década de 90, os números já atingiam a faixa dos 45%; atualmente, 60% do cereal norte-americano é destinado à alimentação do gado.

Estimativas revelam que onde pode ser produzido 1 kg de carne, podem ser produzidos 30 kg de cenoura, mais 20 kg de maçã, mais 50 kg de tomate e mais 40 kg de batata. Isso mostra que a carne necessita de maior quantidade de terra por kg que os vegetais.

A destruição dos recursos hídricos seria outro problema amenizado. Para produção de carne é necessário um grande consumo de água: para produzir 1 kg de produtos vegetais são necessários cerca de 100 L de água; em contrapartida, para produzir 1 kg de carne é necessário de 2000 a 15000 L de água potável. Outro fator, seria a poluição da água: as excretas dos animais, jogadas em rios, contaminam os lençóis freáticos.

O cultivo de animais provocaria um efeito no aumento do aquecimento global, mais até do que a poluição automóvel e industrial. Anualmente a criação de animais é responsável por uma gigantesca quantidade de liberação de gás metano, o qual contribui 25 vezes mais para o efeito estufa que o dióxido de carbono.

No vídeo a seguir, intitulado “Uma vida interligada”, ficam bem claras algumas dessas razões, porém numa visão vegan, ou seja, um pouco mais radical.





“Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as hipóteses de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem da vida vegetariana, pelos seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.”

http://www.guiavegano.com.br/vegan/



Postado por Camila.